28 de mai. de 2008

VITÓRIA - UFES


VITÓRIA - UFES

... o movimento poderia ter acontecido em qualquer prédio ou em qualquer curso... são linhas... inflexões ... é um movimento latente, de desejo, de angústias... vontades que circulavam no espaço-tempo até colidirem em corpos desejantes, cansados da inércia, também desejada, salutar às estruturas de contenção estabelecidas...

... não somos “ocupantes”, “invasores”, “assentados”, “moradores” ... somos habitantes... habitamos o CEMUNI 3 de forma física e subjetiva, sentimentos coletivos manifestos em espaço, principalmente porque esse recinto nos habita ao ponto de sermos uma só coisa...

... a sua debilidade descasual nos destrói e nos irrompe a nos movermos... por isso movimento... alunos que sempre aqui estiveram e criaram relações de significância com tal objeto... Reiteramos: Aqui sempre estivemos! Clamávamos sonantes, mas somente agora sejamos vistos...

... o objeto barraca é teto, implantação, símbolo ... Para Sartre: “Olhar para algo é tornar este ser um objeto de atenção. Todo olhar objetiva, torna coisa o existente contemplado”... Queremos tornar nossas vozes maciças... de peso suficiente a serem consideradas...

... Não aceitamos a mediocridade como verdade... Essa vontade gravitacional de nos imobilizar no chão... Esse ímpeto pelos escombros... O empoeiramento de nossas vistas após cairmos nos faz deambular desnorteados... Mas também sabemos... Que tudo que se desestabiliza... Que rui... Abre campo para reconstrução com as mesmas pedras... Abre campo para experimentação de outras formas...

manifesto_habitantesdocemuni3

www.habitantesdocemuni3.blogspot.com


"Antes de imprimir, pense na sua responsabilidade com o meio ambiente."

27 de abr. de 2008

o bater das asas


"uma pequena ação muda o mundo [...] você muda a pessoa, que por sua vez muda o espaço, que muda a sociedade e o ciclo recomeça, mesmo nao sendo mais o mesmo ciclo!"
garé

23 de abr. de 2008

Disse Albert Einstein: "cem vezes por dia eu me lembro que minha vida interior e minha vida exterior dependem do trabalho que outros homens estão fazendo agora. Por causa disso, preciso me esforçar para retribuir pelo menos uma parte desta generosidade — e não posso deixar nenhum minuto vazio".

Contribuição: Cassinha.

13 de abr. de 2008

O que não "apenas" sentimos

"Na tarde seguinte à minha chegada, estirei minha canga sob uma sombra gramada a fim de continuar a ler 'Para Além do Bem e do Mal', de Nietzsche. Tentei. Não consegui. Não precisava. Toda a 'transvalorização' pregada por ele estava ali dentro daqueles tapumes que delimitavam a Cidade EREA Presidente Prudente.

Não vou falar da beleza das meninas, do despojo dos meninos, nem do colorido das barracas. Não vou falar do arrepio em rever amigos, das lágrimas contidas... Falarei de Nietzsche.
Se Nietzsche prega a transvalorização, aqueles 160 participantes viveram a transvalorização. A inspiração daquelas 160 almas era a valorização dos valores que a sociedade não valoriza. Todos flutuavam, uns nos outros, entre olhares, sorrisos, beijos e outras coisas que sacodem barracas. Todos flutuavam nas oficinas, nas palestras, nas vivências... Vivemos, todos, a mesma coisa. Coisa? Sim, somos uma coisa que o mundo do lado de fora dos tapumes desconhece. O resto do planeta que me perdoe, mas não há melhor lugar para se estar que num Encontro. Se um cometa alvejasse a Terra, só nós sobreviveríamos. Só nós mereceríamos. Desculpe-me os belos: todas as 'belezas' que a sociedade anuncia nas vitrines dos shoppings, nós as substituímos por olhos brilhando, por discussões nada chatas, por sexo nada gratuito - a 'beleza' entre aqueles tapumes é outra, my big brother!

Nietzsche iria gostar de nos ver vivendo um mundo sem verdades, sem moral, feito apenas do desejo de troca, de busca e de experimentação. Talvez, Nietzsche nos descresse como um pequeno e solitário terreno arado e fértil, pronto para semear, bem no meio de um vasto jardim de flores de plástico.

Mas foi a Comorg do EREA Presidente Prudente que primeiro quebrou as pernas da 'verdade'. É possível sim fazer um Encontro com apenas 160 inscritos, e ainda oferecer atividades e alimentação de qualidade, bolsa, caderninho e cerveja Brahma a R$ 1,50.
Tantas outras coisas são possíveis...

'...sou segurança de festas. Ganho a vida apartando briga, botando moleque bêbado pra fora, vendo jovens querendo se matar... Isso que eu vi aqui, esse carinho todo uns com os outros, eu nunca vi, nunca imaginei existir. Eu moro num bairro pobre aqui perto, e venho levantando minha casa de tijolo em tijolo a partir de uns rabiscos que faço. Agora, depois que conheci vocês, depois que vi do que vocês são feitos, eu vou economizar meu dinheiro para contratar um arquiteto. Se um arquiteto é uma pessoa como vocês, eu lhe confiarei projetar minha casa do jeito que quiser', me disse o chefe da segurança do Encontro, na manhã do último dia. O que dizer sobre isso? Uma simples postura de quase 200 participantes mudou a opinião de uma pessoa humilde, sem instrução, à respeito de toda uma classe 'profissional'. Aqueles sorrisos, aqueles abraços, aqueles beijos, aquela cerveja bebida com tanto prazer no bar tem um poder muito, muito maior do que imaginamos. Cabe a nós, que vivemos aquilo, levar para fora dos tapumes o que fluímos entre eles."
John

9 de abr. de 2008

A nossa incrível capacidade de gerar mundos, a enorme influência das palavras, a ideologia de cada um, que por ser de cada um, é única. É o que permite essa geração de mundos tão distintos e distantes. Qualquer voz que alcança ouvidos, um mega fone, um microfone, uma mesa rodeada de cadeiras, um banquinho no meio de um pátio... São totalmente capazes de gerar mundos! Céu pra uns, inferno pra outros... mundos.

"(...)E os humanos? Nós seres humanos somos organismos que existimos em um
âmbito relacional que constitui um viver entrelaçado entre o emocionar e o
linguajar, que é a dinâmica relacional que na vida cotidiana chamamos conversar.
Ou seja, o ser humano surge no linguajar. O conversar é este entrelaçamento
entre a linguagem e a emoção através do qual conseguimos mundos, geramos mundos em conversações. E podemos gerar um mundo ou outro de acordo com o fundamento emocional que estas conversações têm.(...)"


(Ximena Paz Dávila, Conferência: Ética e desenvolvimento sustentável - caminhos para a construção de uma nova sociedade)
Contribuição: Babi

7 de abr. de 2008

Bueiro também é arte!





idéia de Leonardo Delafuente e Anderson Augusto!
d'aqui

postado por garé

Sonho que se sonha só,

é só um sonho que se sonha só.

Mas sonho que se sonha junto

é realidade!

4 de abr. de 2008

"O pior cárcere não é o que aprisiona o corpo,
mas o que asfixia a mente e algema a emoção.
Sem liberdade, as mulheres sufocam seu prazer.
Sem sabedoria, os homens se tornam máquinas de trabalhar.
Ser livre é não ser escravo das culpas do passado
nem das preocupações do amanhã.
Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama.
è abraçar, se entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo.
É desenvolver a arte de pensar e proteger a emoção.
Mas, acima de tudo, ser livre é ter
um caso de amor com a própria existência
e desvendar seus mistérios."
[Augusto Cury]
colaboração: Helena Tuler

30 de mar. de 2008

Viva a Alegria

"Hoje, em tempos de competição, medo do futuro social e ecológico, essa liberdade {liberdade espiritual} pode ser facilmente confundida com a possibilidade de esquecer ou a alienação em relação aos problemas que nos atingem e nos atingirão no futuro. Porém, a compreensão do vazio, que tendemos a interpretar como algo mau, deveria ser vista como o único caminho para uma postura da alma, do espírito ou da consciência, que nos daria a experiência de um prazer para o que não estamos acostumados. O prazer de ter feito a coisa certa e chegado à paz.
A alegria não é, no entanto, apenas a paz de espírito que se busca pela ética. [...] A alegria não apenas acalma, mas, sobretudo, move. [...] Ou seja, a alegria era caracterizada por ser busca, por ser avanço, por ser ação criativa. [...] O prazer que faz pensar. [...]
Em tempos de depressão epidêmica, da desistência da vida transformada em doença e mecanismo social, falar da alegria pode até parecer a mais pueril das alienações. [...] A alegria é tão difícil e cara porque é a conquista da diferença que liberta. Toda ação que liberta é alegre, toda ação que aprisiona é triste, e, na verdade, nem pode ser chamada de ação, mas de mera repetição. [...] A vida humana começa com o pensamento de que é a básica alegria que produz todas as outras."

Contribuição: Helena Tuller.

28 de mar. de 2008

pensando...

já pensaram numa nova era em que os encontros serão digitais, e nossas trocas de energia serão realizadas através de scanners sensoriais... (que papo estranho né). Pois é, tive alguns devaneios a respeito do que é se encontrar... por isso o tema deste EREA é tão real e tão atual para todos nós. E segue ao final um adendo ao tema. Por quê não pensarmos além da Intervenção Humana, pensarmos também na Intersecção Humana, acho que vale a pena. É só.Beijos a todos que amo muito...


Douglas Montes
No Mural de Recados do nosso site http://www.ereajf.arq.br/